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Le Misanthrope, Acte I, Scène 2 : « la scène du sonnet », vers 305 à 373 - commentaire

Publié le 02/11/2011

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Texte :

 

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Oronte. Sonnet... C'est un sonnet. L'espoir... C'est une dame qui de quelque espérance avait flatté ma flamme. L'espoir... Ce ne sont point de ces grands vers pompeux, mais de petits vers doux, tendres et langoureux. (à toutes ces interruptions il regarde Alceste.) Alceste. Nous verrons bien. Oronte. L'espoir... Je ne sais si le style pourra vous en paraître assez net et facile, et si du choix des mots vous vous contenterez. Alceste. Nous allons voir, monsieur. Oronte. Au reste, vous saurez que je n'ai demeuré qu'un quart d'heure à le faire. Alceste. Voyons, monsieur ; le temps ne fait rien à l'affaire. Oronte. L'espoir, il est vrai, nous soulage, Et nous berce un temps notre ennui ;

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Mais, Philis, le triste avantage, Lorsque rien ne marche après lui ! Philinte. Je suis déjà charmé de ce petit morceau. Alceste. Quoi ? Vous avez le front de trouver cela beau ? Oronte. Vous eûtes de la complaisance ; Mais vous en deviez moins avoir, et ne vous pas mettre en dépense pour ne me donner que l' espoir. Philinte. Ah ! Qu'en termes galants ces choses-là sont mises ! Alceste, bas. Morbleu ! Vil complaisant, vous louez des sottises ? Oronte. S'il faut qu'une attente éternelle pousse à bout l'ardeur de mon zèle, le trépas sera mon recours. Vos soins ne m'en peuvent distraire : belle Philis, on désespère, alors qu' on espère toujours.

Philinte. La chute en est jolie, amoureuse, admirable.

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Alceste, bas. La peste de ta chute ! Empoisonneur au diable, en eusses-tu fait une à te casser le nez ! Philinte. Je n'ai jamais ouï de vers si bien tournés. Alceste. Morbleu ! ... Oronte. Vous me flattez, et vous croyez peut-être... Philinte. Non, je ne flatte point. Alceste, bas. Et que fais-tu donc, traître ? Oronte. Mais, pour vous, vous savez quel est notre traité : parlez-moi, je vous prie, avec sincérité. Alceste. Monsieur, cette matière est toujours délicate, et sur le bel esprit nous aimons qu' on nous flatte. Mais un jour, à quelqu'un, dont je tairai le nom, je disais, en voyant des vers de sa façon,

qu'il faut qu'un galant homme ait toujours grand empire sur les démangeaisons qui nous prennent d' écrire ; qu'il doit tenir la bride aux grands empressements qu'on a de faire éclat de tels amusements ; et que, par la chaleur de montrer ses ouvrages, on s'expose à jouer de mauvais personnages. Oronte. Est-ce que vous voulez me déclarer par là que j’ai tort de vouloir... ? Alceste. Je ne dis pas cela ; mais je lui disais, moi, qu'un froid écrit assomme, qu' il ne faut que ce faible à décrier un homme, et qu'eût-on, d'autre part, cent belles qualités, on regarde les gens par leurs méchants côtés. Oronte. Est-ce qu’à mon sonnet vous trouvez à redire ? Alceste. Je ne dis pas cela ; mais, pour ne point écrire, je lui mettais aux yeux comme, dans notre temps, cette soif a gâté de fort honnêtes gens.

Oronte. Est-ce que j’écris mal ? Et leur ressemblerais-je ? Alceste. Je ne dis pas cela ; mais enfin, lui disais-je, quel besoin si pressant avez-vous de rimer ? Et qui diantre vous pousse à vous faire imprimer ? Si l’on peut pardonner l’essor d’un mauvais livre, ce n'est qu' aux malheureux qui composent pour vivre. Croyez-moi, résistez à vos tentations, dérobez au public ces occupations ; et n'allez point quitter, de quoi que l'on vous somme, le nom que dans la cour vous avez d'honnête homme, pour prendre, de la main d'un avide imprimeur, celui de ridicule et misérable auteur. C’est ce que je tâchai de lui faire comprendre.

Structure du passage :

 

è Vers 305-314 : Oronte présente son sonnet ; réaction agacées d’Alceste.

 

è Vers 315-338 : Lecture du poème. Sonnet d’une préciosité conventionnelle. Réactions de Philinte et commentaires d’Alceste.

 

è Vers 339-378 : Oronte demande l’avis d’Alceste qui le donne indirectement en employant des détours rhétorique.

« r r h h é é t t o o r r i i q q u u e e . . Explications du passage des vers 305 à 314. E xplic atio ns du pa ssa ge de sve rs 305 à314. 1 1 ) ) I I l l e e s s t t d d ’ ’ u u s s a a g g e e à à l l ’ ’ é é p p o o q q u u e e d d e e l l i i r r e e s s e e s s c c o o m m p p o o s s i i t t i i o o n n s s à à s s e e s s p p r r o o c c h h e e s s . . L L e e s s o o n n n n e e t t e e s s t t a a p p p p r r é é c c i i é é l l ’ ’ é é p p o o q q u u e e d d e e M M o o l l i i è è r r e e . . I I l l s s ’ ’ a a g g i i t t d d ’ ’ u u n n e e œ œ u u v v r r e e d d e e c c o o n n v v e e n n t t i i o o n n o o ù ù l l ’ ’ o o n n r r e e t t r r o o u u v v e e l l e e s s l l i i e e u u x x c c o o m m m m u u n n s s o o ù ù c c l l i i c c h h é é s s , , l l e e l l a a n n g g a a g g e e g g a a l l a a n n t t p p o o u u r r p p a a r r l l e e r r d d e e l l ’ ’ a a m m o o u u r r . . E E x x e em m p p l l e e d d e e s s e e l l a a n n g g a a g g e e s s o o u u t t e e n n u u : : « « L L e e t t r r é é p p a a s s s s e e r r a a m m o o n n r r e e c c o o u u r r s s » » . . O O n n t t r r o o u u v v e e a a u u s s s s i i l l e e n n o o m m p p r r o o p p r r e e d d e e P P h h i i l l i i s s , , q q u u i i c c o o m m m m e e l l e e v v o o u u l l a a i i s s l l a a m m o o d d e e c c a a r r a a c c t t é é r r i i s s a a i i t t l l a a b b i i e e n n a a i i m m é é e e s s a a n n s s d d é é v v o o i i l l e e r r s s o o n n v v r r a a i i n n o o m m . . L L a a c c h h u u t t e e d d o o n n n n e e u u n n c c ô ô t t é é p p l l u u t t ô ô t t r r é é u u s s s s i i a a u u p p o o è è m m e e . . I I c c i i i i l l u u t t i i l l i i s s e e u u n n e e a a n n t t i i t t h h è è s s e e a a v v e e c c l l e e j j e e u u d d e e m m o o t t : : « « E E s s p p é é r r e e r r » » e e t t « « d d é é s s e e s s p p é é r r e e r r » » . . E E n n c c o o n n c c l l u u s s i i o o n n , , c c e e p p o o è è m m e e n n ’ ’ e e s s t t n n i i b b o o n n , , n n i i m m a a u u v v a a i i s s , , c c o o m m m m e e d d e e s s c c e e n n t t a a i i n n e e s s d d ’ ’ a a u u t t r r e e s s c c o o m m p p o o s s é é s s à à c c e e t t t t e e é é p p o o q q u u e e . . 2 2 ) ) L L a a r r é é a a c c t t i i o o n n d d e e P P h h i i l l i i n n t t e e e e s s t t c c o o n n f f o o r r m m e e a a u u p p e e r r s s o o n n n n a a g g e e . . I I l l p p r r o o n n o o n n c c e e 4 4 r r é é p p l l i i q q u u e e s s d d ’ ’ u u n n v v e e r r s s . . E E l l l l e e s s s s o o n n t t c c o o n n s s t t i i t t u u é é e e s s d d e e c c o o m m p p l l i i m m e e n n t t d d e e + + e e n n + + f f o o r r t t , , a a d d r r e e s s s s é é s s a a u u p p o o è è t t e e , , c c o o n n c c e e r r n n a a n n t t l l a a g g a a l l a a n n t t e e r r i i e e d d u u s s o o n n n n e e t t , , s s a a f f i i n n e e s s s s e e d d ’ ’ e e x x p p r r e e s s s s i i o o n n . . I I l l s s e e m m o o n n t t r r e e c c o o n n n n a a i i s s s s e e u u r r e e n n f f l l a a t t t t a a n n t t l l a a c c h h u u t t e e e e t t e e m m p p l l o o i i u u n n l l a a n n g g a a g g e e m m o o n n d d a a i i n n . . 3 3 ) ) L L a a r r é é a a c c t t i i o o n n d d ’ ’ A A l l c c e e s s t t e e e e s s t t f f o o r r t t e e . . I I l l f f a a i i t t d d e e s s a a p p a a r r t t é é s s a a u u d d é é b b u u t t . . I I l l e e m m p p l l o o i i l l e e j j u u r r o o n n « « m m o o r r b b l l e e u u » » 2 2 f f o o i i s s . . P P r r o o n n o o n n c c e e d d e e u u x x i i n n t t e e r r r r o o g g a a t t i i o o n n s s r r h h é é t t o o r r i i q q u u e e s s e e t t i i l l e e m m p p l l o o i i « « v v i i l l c c o o m m p p l l a a i i s s a a n n t t » » ( ( q q u u i i s s i i g g n n i i f f i i e e l l è è c c h h e e b b o o t t t t e e s s ) ) . . I I l l f f a a u u t t p p e e n n s s e e r r i i c c i i a a u u x x i i n n t t e e n n t t i i o o n n s s d d e e M M o o l l i i è è r r e e . . I I l l c c o o n n n n a a i i s s s s a a i i t t p p a a r r f f a a i i t t e e m m e e n n t t c c e e t t u u s s a a g g e e d d e e l l a a p p o o é é s s i i e e m m o o n n d d a a i i n n e e , , p p r r é é c c i i e e u u s s e e e e t t q q u u ’ ’ i i l l a a c c r r i i t t i i q q u u é é b b i i e e n n d d e e s s f f o o i i s s . . C C o o m m m m e e d d a a n n s s - - « Les précieuses ridicules » 1672.

« Les pré cie use sridic ules » 16 72. - - « Les femmes savantes » 1659.

« Les fe m mes sa va n te s » 16 59. M M o o l l i i è è r r e e c c r r i i t t i i q q u u e e à à c c h h a a q q u u e e f f o o i i s s l l e e s s e e x x c c è è s s d d u u l l a a n n g g a a g g e e , , l l e e m m a a n n q q u u e e d d e e n n a a t t u u r r e e l l , , e e t t à à l l a a f f i i n n d d e e l l a a s s c c è è n n e e , , i i l l m m e e t t d d a a n n s s l l a a b b o o u u c c h h e e d d ’ ’ A A l l c c e e s s t t e e d d e e e e x x p p r r e e s s s s i i o o n n s s c c l l a a i i r r e e s s q q u u i i m m e e t t t t e e n n t t e e n n é é v v i id d e e n n c c e e c c e e t t t t e e s s u u p p e e r r f f i i c c i i a a l l i i t t é é , , c c e e c c o o t t é é a a r r t t i i f f i i c c i i e e l l . . - - V V e e r r s s 4 4 1 1 6 6 « « f f a a u u t t b b r r i i l l l l a a n n t t » » . . – – V V e e r r s s 4 4 1 1 5 5 « « p p o o m m p p e e f f l l e e u u r r i i e e » » - - V V e e r r s s 3 3 8 8 7 7 « « c c o o l l i i f f i i c c h h e e t t » » - - V V e e r r s s 3 3 8 8 5 5 « « s s t t y y l l e e F F i i g g u u r r é é » » - - V V e e r r s s 3 3 8 8 7 7 « « C C e e n n ’ ’ e e s s t t q q u u e e j j e e u u x x d d e e m m o o t t e e t t a a f f f f e e c c t t a a t t i i o o n n p p u u r r e e . . E E t t c c e e n n ’ ’ e e s s t t p p a a s s a a i i n n s s i i q q u u e e p p a a r r l l e e l l a a n n a a t t u u r r e e » » . . C C e e t t t t e e s s c c è è n n e e f f a a i i t t p p a a r r t t i i e e d d ’ ’ u u n n r r e e g g i i s s t t r r e e t t r r è è s s c c o o m m i i q q u u e e , , d d e e p p a a r r t t l l a a r r é é a a c c t t i i o o n n d d ’ ’ A A l l c c e e s s t t e e e e t t p p a a r r l l ’ ’ a a t t t t i i t t u u d d e e d d ’ ’ O O r r o o n n t t e e ( ( a a v v e e c c s s e e s s m m a a n n i i è è r r e e s s ) ) . . Colifichet C olif ic het : : objet fantaisie o bj et fa n ta isie s s a a n n s s g g r r a a n n d d e e v v a a l l e e u u r r . . Explications du passage des vers 339 à 378. E xplic atio ns du pa ssa ge de sve rs 339 à378. C C e e p p a a s s s s a a g g e e p p r r é é s s e e n n t t e e l l ’ ’ e e m m b b a a r r r r a a d d ’ ’ A A l l c c e e s s t t e e e e t t l l ’ ’ i i n n s s i i s s t t a a n n c c e e d d ’ ’ O O r r o o n n t t e e . . E E t t d d ’ ’ a a u u t t r r e e p p a a r r t t , , i i l l m m o o n n t t r r e e l l e e s s i i d d é é e e s s d d ’ ’ A A l l c c e e s s t t e e s s u u r r l l a a p p o o é é s s i i e e e e t t l l e e d d é é s s i i r r q q u u ’ ’ o o n n p p e e u u a a v v o o i i r r d d ’ ’ é é c c r r i i r r e e . . I I l l m m o o n n t t r r e e a a u u s s s s i i l l e e s s d d e e v v o o i i r r s s d d ’ ’ u u n n h h o o n n n n ê ê t t e e h h o o m m m m e e . . Axe de lecture : A xe de le cture : I> L'embarras d'Alceste et l'insistance d'Oronte. I> L'e mbarra s d'A lce ste et l'i nsis ta n ce d'Or onte . II> L'avis d'Alceste, ses idées sur l'honnête homme. II> L'a vis d'A lce ste , se s id ées su r l'h onnê te hom me. I> L'embarras d'Alceste et l'insistance d'Oronte. I> L'e mbarra s d'A lce ste et l'i nsis ta n ce d'Or onte . a a ) ) L L a a g g ê ê n n e e d d ' ' A A l l c c e e s s t t e e a a p p p p a a r r a a î î t t , , à à t t r r a a v v e e r r s s 4 4 r r é é p p l l i i q q u u e e s s d d a a n n s s l l e e s s q q u u e e l l l l e e s s i i l l s s e e d d é é r r o o b b e e à à l l ' ' a a i i d d e e d d e e p p r r é é c c a a u u t t i i o o n n s s o o r r a a t t o o i i r r e e s s , , s s e e l l i i v v r r a a n n t t à à u u n n e e x x e e r r c c i i c c e e d d ' ' é é q q u u i i l l i i b b r r i i s s t t e e p p o o u u r r m m é é n n a a g g e e r r s s o o n n i i n n t t e e r r l l o o c c u u t t e e u u r r s s a a n n s s p p o o u u r r a a u u t t a a n n t t f f a a i i l l l l i i r r à à l l a a v v é é r r i i t t é é . .   Il commence par une I l co m mence par un e constatation générale, une banalité c o nst ata tio n gé né ra le , un eba nalit é sur un penchant humain : sur unpe nch an t hum ain : « « O O n n » » , , « « N N o o u u s s » » . .   Il utilise ensuite le I l ut ilise ensuit ele subterfuge des propos prétendument adressés à une autre personne subt erf ug ede spro pos pré te ndum ent adre ssésà un eaut re pe rso nne : : D D u u v v e e r r s s 3 3 4 4 3 3 a a u u v v e e r r s s 3 3 7 7 3 3 , , S S u u c c c c e e s s s s i i o o n n d d ' ' i i m m p p a a r r f f a a i i t t s s . . C C e e l l a a f f a a i i t t p p e e n n s s e e r r à à u u n n e e p p e e r r s s o o n n n n e e i i m m a a g g i i n n a a i i r r e e , , m m a a i i s s q q u u i i e e s s t t e e n n r r é é a a l l i i t t é é O O r r o o n n t t e e . . O O b b s s e e r r v v e e z z l l a a reprise de la même dénégation re prise dela mêm e dé né gatio n e e t t d d e e l l a a c c o o n n j j o o n n c c t t i i o o n n d d e e c c o o o o r r d d i i n n a a t t i i o o n n : : m m a a i i s s ( ( 3 3 x x ) ) Réf R éf : : pp. . 2 2 , , t t e e x x t t e e 8 8. »

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