Modernizacao teatro europeu
Publié le 24/03/2015
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Na França, o escritor naturalista Émile Zola começou a luta pela renovação
dramatúrgica já na década de 1870, fazendo a crítica da artificialidade da “peça benfeita”.
Ele queria que o teatro mostrasse a vida como ela é.
Com sua brutalidade, com assuntos
polêmicos, com personagens que fossem copiadas da vida real e que assim se mostrassem
em cena.
Sua prática teatral, porém, ficou aquém do pensamento.
Suas ideias frutificaram
na década seguinte, segundo Eric Bentley,
“quando Henry Becque escreveu as peças Les corbeaux [Os corvos] e La
parisienne [ A parisiense], quando Ibsen tornou-se conhecido na Europa com Os
espectros e quando André Antoine fundou o Théâtre Libre para a montagem de
peças naturalistas.
Foi esse o começo do movimento moderno na dramaturgia”
1,
Guardem esses nomes.
Vamos vê-los mais à frente.
De fato, o naturalismo ampliou os horizontes dos dramaturgos no final do século
XIX, permitindo-lhes quebrar as velhas regras de composição dos diálogos e dos enredos,
bem como abordar assuntos controvertidos, como o sexo e a religião, de maneira inusitada
e corajosa.
Ibsen, Strindberg, Shaw, Hauptmann e Tchékhov foram os grandes pioneiros da
dramaturgia moderna, autores que levaram tão longe o ideal naturalista de reproduzir a
verdade no palco, que acabaram por buscá-la não mais na realidade exterior.
Como
escreve Martin Esslin, “eles descobriram a magia que se esconde sob a superfície
aparentemente banal da vida cotidiana, a trágica grandeza das pessoas comuns, a poesia
dos silêncios e das reticências, a ironia amarga dos pensamentos reprimidos”
2.
Essa
descoberta, convém lembrar, foi compartilhada pelo simbolista Maeterlinck, especialmente
empenhado na construção de uma dramaturgia voltada para a vida interior dos
personagens.
Em suas peças, povoadas de silêncios e sonhos, desaparece o conflito
dramático tradicional e a ação se constrói com nuances, meios-tons e atmosfera poética.
A subjetivação da dramaturgia foi o resultado das inquietações dos grandes
dramaturgos mencionados acima.
Cada qual, a seu modo, tratou de colocar em primeiro
plano a interioridade dos personagens, processo que exigiu a superação das limitações do
naturalismo e que foi posteriormente radicalizado pelos autores expressionistas, voltados
1 BENTLEY, Eric.
O dramaturgo como pensador.
Trad.
de Ana Zelma Campos.
Rio de Janeiro,
Civilização Brasileira, 1991, p.50.
2 ESSLIN, Martin.
Au delà de l’absurde.
Trad.
de Françoise Vernan.
Paris, Buchet/Chastel, 1970, p.44..
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