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As diferentes imagens de Afonso Henriques nas crónicas entre a segunda metade do século XIII e a primeira metade do século XVI

Publié le 09/02/2011

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As diferentes imagens de Afonso Henriques nas crónicas entre a segunda metade do século XIII e a primeira metade do século XVI

 

Primeira crónica, 1270: Em termos históricos, temos de dizer que nessa época a história da formação de Portugal foi concluída. Isto é, os mouros foram afastados do sul de Portugal, como conhecemos o país hoje em dia. A terra que hoje chamamos “o Algarve”, foi anexado ao reino de Portugal. Por isso, nesse tempo existia a necessidade de escrever sobre o rei Afonso Henriques como o grande fundador do novo país. Foi um século atrás, que o fundador morreu e, por isso, essa crónica é, comparada às outras, a mais próxima da vida de Afonso Henriques mesmo. O nacionalismo não existiu nesses dias como existe hoje, mas porém podemos marcar uma forme de nacionalismo nessa crónica. O que o país necessitava, foi um herói fundador, que iniciou a nação de Portugal. Falando sobre a nação no fim do século XIII, foi inevitável não descrever Afonso Henriques como o grande, o breve e o padre duma nova nação.

Segunda crónica, 1340: No século XIV, Portugal encontrou-se numa crise. A continuação da nação estive nas mãos da nobreza. Traduzida essa crise ao tempo de Afonso Henriques, os escritores queriam referir à história de Egaz Monis, que ajudou Afonso Henriques. Em 1340 passou mais ou menos mesma coisa. A nobreza tinha de ajudar o rei com manter a ordem e com as financias.

Terceira crónica, 1419: Chegamos ao tempo dos grandes descobrimentos de Portugal. O país usava o dinheiro que ganhava nas guerras para descobrir novas terras na Afríca. A guerra foi uma coisa tão importante nessa época, que os escritores queriam descrever Afonso Henriques como um general breve e forte. Na crónica, não encontramos um fundador; encontramos um homem que não tinha medo para o sangue e a morte. Foi preciso de ter um general (apenas ele morreu quase dois centos e cinquenta anos atrás) para comandar os navios à terra desconhecida.

Quarta crónica, 1504: Portugal fica nos seus tempos melhores nessa época. O país ganhou muito dinheiro com as expedições. A igreja tinha força, por ser responsável para o sucesso do país. Os portugueses amavam o catolicismo como nunca antes e os escritores escreviam numa tendência religiosa e metafísica. Falando nesses termos, é evidente que Afonso Henriques foi descrito como um herói religioso nesse tempo. Na crónica, lemos sobre o diálogo entre o rei e Deus mesmo. A relação entre Afonso Henriques e Deus é descrita numa maneira em que os dois são mais ou menos iguais, ou seja, o rei fica-se num nível quase divino.

Conclusão final: Cado escritor é uma miragem da sua própria época. Descrever história objectivamente não é fácil e, talvez, não é possível. A imagem de Afonso Henriques como um herói, (ou seja, um padre do país, um general dos descobridores etc.) sempre existiu durante as primeiras épocas depois da sua morte. (E talvez ainda existe.) Mas, o tipo de herói como encontramos nas crónicas, difere da época a época. É importante ter uma figura herói, seja para manter a ordem, seja para dar esperança ao povo.

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